Vitiligo

Informações gerais

O vitiligo é uma doença crônica da pele, caracterizada pela perda do pigmento chamado melanina. Não é uma doença contagiosa e acomete de 3 a 4% da população, independentemente da cor, sexo, dieta ou classe social.

No vitiligo o organismo produz anticorpos contra seu próprio melanócito, a célula produtora de melanina. Este é um fenômeno intrigante e de causa desconhecida, chamado autoimune, no qual o organismo agride a si próprio. A causa exata do vitiligo permanece desconhecida. Aproximadamente entre 20% e 30% das pessoas acometidas têm algum parente com a doença. Como não se conhece a causa, o vitiligo não tem cura definitiva. Não existe nenhum medicamento que previna futuras recorrências.

Indicações

Não existe nenhum teste laboratorial que determine o diagnóstico, a severidade, nem a possibilidade de recorrência das lesões.

Procedimento

Tratamento

Existem várias opções de tratamento e o dermatologista deve indicar a mais adequada, levando em consideração a idade do paciente, a atividade, a localização e a extensão da doença. Entre as várias modalidades de tratamento, há medicamentos tópicos ou via oral, fototerapia com sol ou lâmpadas de ultravioleta, laser e o transplante de melanócitos.

É importante ressaltar que não existe tratamento preventivo. Os tratamentos existentes atuam na repigmentação das lesões pré-existentes, mas não impedem o surgimento de novas lesões.

Psoraleno

O psoraleno é um fotossensibilizante e pode ser usado em creme ou loção aplicados diretamente na área a ser tratada ou por via oral. É um dos procedimentos mais usados para o tratamento do vitiligo.

O paciente deverá expor-se ao sol ou à fototerapia (exposição artificial aos raios ultravioleta) para que o resultado seja eficaz.

Este tratamento deve ser feito sempre com supervisão médica e não é recomendando a pacientes menores de 12 anos ou durante a gravidez.

Os efeitos colaterais mais comuns são: náusea, desconforto abdominal, vermelhidão, bronzeamento generalizado e aparecimento de bolhas na pele. Tratamentos prolongados podem causar catarata e envelhecimento precoce da pele.

Corticosteroides

Outro medicamento muito comum no tratamento do vitiligo. Quando usado por um período de dois a quatro meses pode trazer bons resultados. Entretanto, o paciente deve estar atento aos efeitos colaterais, como atrofia da pele, aumento de crescimento do pelos e aparecimento de teleangiectasias (pequenos vasos). A infiltração (injeção) de corticoides não traz resultados melhores e aumenta muito a chance de efeitos colaterais.

Melagenina e Placentrex

Estes são duas preparações populares contendo extrato de placenta. São usadas para tratamento tópico (local) do vitiligo. O mecanismo de ação destes medicamentos não é conhecido. Não existem estudos científicos controlados publicados. Na prática, os resultados são muito variados. É livre de efeitos colaterais, mas o paciente deve se certificar de que as preparações foram submetidas a testes de HIV e do vírus da hepatite B.

Resultados

Por meio do uso de um medicamento: monobenzil-ester-hidroquinona a 20% ou monobenzona, aplicado em forma de creme nas áreas de pele normal.

Primeiro o paciente faz um teste de sensibilidade usando 1x ao dia em uma área menor. Uma vez testado, aplica-se o medicamento 2x ao dia nas áreas a serem despigmentadas.  Não aconselha-se usar no corpo todo de uma vez. O tratamento deverá ser segmentado por partes. Ocorrerá uma despigmentação lenta e progressiva. Pode levar de 1 a 2 anos para o completo clareamento, mas será definitivo.

Cuidados

O vitiligo não causa nenhuma complicação. O que incomoda é o contraste entre a pele afetada pela doença e a pele normal. A despigmentação clareia completamente a pele normal igualando com a cor da área afetada pela doença sendo assim impossível diferenciá-las.

Dúvidas Frequentes

A cor do cabelo e dos olhos muda?

Não. O creme não afeta os melanócitos dos olhos, nem da raiz dos pelos

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